
Categoria: Artigos
Data: 11/04/2025
“...disse consigo mesmo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou...” (Lucas 7.39)
Os fariseus nutriam forte antagonismo com o Senhor Jesus. Eles criaram um abismo, construíram um muro no coração que os impedia de reconhecer o caminho, a verdade, a vida. Eles atavam fardos pesados nos outros, que nem eles eram capazes de suportar (Mt 23.4). As letras sagradas mostram que certo fariseu, chamado Simão, aparentemente rompe essa barreira e convida Jesus para uma refeição em sua casa. Se o relato fosse ali interrompido estaria ótimo, porém, o texto prossegue.
Uma mulher pecadora ultrapassa a porta da casa e se prostra aos pés de Jesus. Ao receber a adoração daquela pessoa, o Senhor Jesus é censurado pelo anfitrião. O fariseu não conseguia admitir que Jesus permitisse ser tocado por uma mulher de reprovável reputação. Uma primeira e importante lição surge: não adianta convidar Jesus para sua casa se você não der total liberdade a ele.
Ainda hoje muitos querem receber Jesus em casa, mas delimitando o agir divino. “Nesse cômodo o Senhor não pode entrar, essa gaveta é secreta”, dizem aqueles que assim se portam. Na contramão dessa lógica, é tempo de lembrar que não existe noventa e nove por cento de entrega ao Senhor. É necessária inteireza na entrega, nossa adoração a Deus precisa ser sem restrição: somente pela graça, mediante a fé, teremos essa condição.